terça-feira, 9 de julho de 2013

Linguagem fotográfica e o saque do repórter

A fotografia documental mudou muito no Brasil. Hoje, qualquer um filma e tira foto pelo celular e publica, em segundos, as imagens nas suas redes sociais. A rapidez com que tudo é feito torna o repórter fotográfico cada vez mais importante nos meios, já que eles devem primar por uma melhor qualidade de informação e beleza das fotografias. O principal disso tudo surge da criatividade do repórter, tanto para circunstâncias factuais quanto para cobertura de pautas consideradas “frias”.

Sobre o tema, o professor Rodrigo Rossoni, docente da disciplina Fotojornalismo na Facom, abordou na segunda-feira (01/07), a significância do olhar do fotojornalista para atenção com o que as pautas apontam. Ou seja, num caso mais específico, como a chegada de luz na casa de uma senhora pobre de 78 anos, que nunca teve luz elétrica em casa, é preciso sair do meio comum de retratá-la, literalmente, ao lado do interruptor da habitação. Ousar a criar uma situação em que a senhora esteja celebrando a chegada da lâmpada é muito mais interessante para os leitores e traz informações que realmente convergem com o que foi pedido de forma mais satisfatória.

Utilizar de todos os recursos da máquina (enquadramento, foco, luz, cor...) para conseguir cliques que respondam ao que a pauta determina é o que, na essência, o repórter deve sacar. S.A.C (sujeito, ambiente e circunstância) devem estar no pensamento do fotógrafo a todo instante para aprimorar as imagens. 

Rafael Barreto


Nenhum comentário:

Postar um comentário