sábado, 2 de novembro de 2013

A hístória de Fotografia


 

Em um pequeno povoado chamado Fotografia, as disputas entre egos eram frequentes - uma característica incomum, por sinal, já que, em um lugarejo, costuma transparecer a ideia de que há sempre união e harmonia entre as pessoas. O povoado possuía pouco mais de 500 habitantes e tinha fama de promissor pelas redondezas. Tal fama era proveniente da crescente demanda de produção de Fotos - uma espécie de imagem feita com máquinas desenvolvidas pelos cidadãos de Fotografia – para as cidades vizinhas.

Em pouco tempo, a cidadezinha iria se expandir, e os que estivessem à frente dos demais liderariam a nova e próspera era de Fotografia. Tendo em mente o potencial do vilarejo, dez elementos conquistaram a posição de favoritos a cargo de futuros administradores da nova era: Composição, Enquadramento, Ângulo, Planos de Imagem, Luz, Aberrações Esféricas, Foco, Movimento/Borrado, Cor/PB e Ponto de Vista. Juntos, eles formavam o grupo ELF (Elementos de Linguagens Fotográficas), que dominavam as técnicas necessárias para fazer Fotos de qualidade.

Graças a isto, eram paparicados pela maioria dos habitantes, deixando seus adversários frustrados e conformados com a derrota. Entre eles, havia três concorrentes curiosos: o Sujeito, o Ambiente e a Circunstância. Sujeito achava que poderia trazer dias gloriosos para Fotografia, já que sempre foi considerado o componente mais importante de qualquer evento de destaque; Ambiente atraía as pessoas por sua personalidade - ora tímida, ora deslumbrante - e estava certo de que um líder deveria possuir tais características; já Circunstância era notavelmente vaidosa: para ela, as Fotos não seriam de qualidade se não priorizasse o momento em que eram feitas.

Para além de questões políticas, os três eram inimigos mortais: não podiam ouvir o nome um do outro que já torciam o nariz ou reviravam os olhos. Acusavam-se de ter o ego inflado demais para governar a adorada cidadezinha e acabavam chamando mais a atenção de todos por se detestarem, do que por estarem disputando o comando da pequena Fotografia. Os fotografisienses diziam que era cômico ver os três em pé de guerra, enquanto os ELF estavam à frente de todas as pesquisas e cativavam o gosto do público.

Os dias foram se passando e a aliança dos ELF permanecia em primeiro lugar na preferência dos fotografisienses. Sujeito era metido demais para admitir a derrota; o orgulho de Circunstância era impenetrável; Ambiente, embora não quisesse acreditar, pensava que sozinho jamais ganharia dos dez elementos. Foi aí que teve uma ideia repulsiva, porém tentadora: quem era o grupo, em Fotografia, que possuía uma fama igual ou até maior que a dos ELF? Mas é claro! Ele e seus dois inimigos irritantes.

Foi para casa e pôs-se a esquecer desse deplorável pensamento. Nunca que se juntaria a Sujeito e a Circunstância para qualquer coisa, mesmo que fosse para realizar o maior sonho de sua vida: governar o lugarejo onde nascera. Revirou-se na cama àquela noite, e, no fim das contas, chegou à conclusão de que só havia essa saída. Logo cedo, convidou os dois rivais para conversar. Sujeito, como adorava uma intriga, foi para o encontro sem pensar duas vezes; Circunstância decidiu ir também, pois se sentiria derrotada se recusasse tamanha ousadia de seu rival.

Não acreditaram no que estavam ouvindo: Ambiente estava propondo uma aliança! Resmungaram por alguns minutos, sentindo-se ofendidos por tamanho disparate. O barulho foi tanto que chamou a atenção dos vizinhos. Prontamente, reconheceram as vozes dos três inimigos e foram, em bando, rir da agitada cena. Em meio a risos e gargalhadas, puderam perceber que os fotografisienses os consideravam palhaços feitos, apenas esperando uma boa oportunidade para dar um show de comédia.

Foi aí que Sujeito resolveu ceder: um homem importante como ele não podia ser motivo de piada para os outros; Circunstância concordou com a atitude, dizendo que não aceitava ser humilhada por quem quer que seja. Decidiram, então, juntar-se e formar um grupo, capaz de combater de igual para igual os ELF: o destemido SAC (Sujeito, Ambiente e Circunstância).
 
Os habitantes de Fotografia ficaram surpresos com a aliança, e as fofocas se espalharam de ponta a ponta do lugarejo. Em poucos dias, o SAC acabou dividindo a opinião dos fotografisienses, que estavam ansiosos para o resultado de toda aquela algazarra. Por outro lado, os ELF pareciam bastante seguros de si, sem demonstrar qualquer receio em relação ao determinado grupo SAC.
 
Finalmente, o dia do veredicto chegou. Os cidadãos foram ouvidos um por um, até que o futuro da cidadezinha foi determinado: o SAC venceu a disputa por 251 a 249! Circunstância fez questão de demonstrar toda sua exuberância perante o grupo derrotado; Sujeito sorria presunçosamente para os adversários; mas o compreensível Ambiente agiu de forma mais nobre: discursou para todo o povoado, dizendo que o lar que ele tanto amava devia ser governado por todos para que tudo desse certo. Fechou o discurso convidando os ELF para se juntarem à gestão de Fotografia.

Os fotografisienses o aplaudiram de pé, e o vilarejo permaneceu em festa por uma semana. Desde então, Fotografia vem sendo liderada pelo SAC, tendo os ELF lado a lado na promissora gestão. Sujeito ainda continua se achando a peça mais importante, porém percebeu que a presença de Circunstância altera tanto ele como Ambiente. No final das contas, chegou à conclusão de que é melhor os três andarem sempre unidos e agirem de acordo um com o outro.
 
Os Elementos de Linguagem Fotográfica (os ELF) administram com perfeição as questões técnicas de Fotografia, mas estão cientes de que, sem a talentosa percepção do SAC, suas técnicas nada adiantam. Eis, então, o novo quadro de Fotografia: Sujeito, Ambiente e Circunstância em harmonia com os dez elementos, a fim de expandirem a cidadezinha e, é claro, realizar belíssimas Fotos.
 
 
Por Jéssica Nascimento
 

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Artístico ou não?

 
Mesmo sem ter muito conhecimento a respeito, a fotografia sempre despertou, em mim, admiração. Desde pequena, enquanto olhava fotos antigas dos meus avós, me perguntava como elas eram feitas, como era mágico poder registrar um momento especial e revê-lo a qualquer instante. Continuei mantendo o mesmo pensamento em relação à fotografia e, quando o assunto envolvia esta prática, espontaneamente, eu me interessava.

Na universidade, tive a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre como fotografar, tanto em aspectos técnicos, como em questões mais abstratas. Simplificando: não basta apenas segurar o dedo no botão disparador; tem que analisar – ou até mesmo sentir – uma boa oportunidade para obter uma boa foto. Do contrário, nada mais é que um comportamento de um fotógrafo amador. Em suma, à medida que eu ia aprendendo, a fotografia ultrapassava os limites de apenas registrar momentos para algo mais complexo – e fascinante.

Descobri que a fotografia tinha diversos gêneros, como a fotografia publicitária, fotografia artística e o fotojornalismo. Em relação a este último, tinha sérias dúvidas. Como as fotos, para mim, tinham que despertar algum sentimento no espectador, os produtos provenientes da maioria dos jornais eram, estranhamente, comuns. O fotojornalismo tem como objetivo registrar o mundo e seus fatos cotidianos; mas eu não achava que isto podia ser feito de modo tão simples, a ponto de não detectar diferenças entre um fotojornalista e uma pessoa que tem a fotografia como hobby – não que eu desmereça o profissional.
 
Fotografia de uma matéria sobre desmoronamento.
Aposto que você teve a sensação de ver algo repetido.
 
Então, vinha a pergunta: o fotojornalismo dialoga com características artísticas? Mesmo que a fotografia tenha gêneros tão bem estabelecidos, não é possível trazer um pouquinho da fotografia artística para o lado do fotojornalismo? Descobri que sim, mas também descobri um problema cabeludo por trás de tudo. Fotojornalistas referências na área, como Sebastião Salgado e Evandro Teixeira, certamente nos mostram fotos belíssimas, que nos fazem sentir algo quando as observamos cuidadosamente. Contudo, não acontece o mesmo quando observamos a maior parte das fotos dos jornais de hoje.
 
Uma das fotos mais famosas de Evandro Teixeira: "Passeata
dos 100 mil", tirada em 68 durante um protesto contra a
Ditadura Militar no Brasil.

É aí que está o tal “problema cabeludo”: o fotojornalismo está, cada vez mais, se desprendendo de seu aspecto artístico. Por que não registrar o mundo e seus fatos cotidianos sem provocar no leitor alguma sensação instigante? Talvez porque os avanços tecnológicos aumentaram a concorrência, o que, consequentemente, aumentou a demanda, e o prazo continua se encurtando. As fotos precisam ser entregues em 20 minutos, 15 minutos, e fica mais difícil dar um clique no botão da máquina e, ao mesmo tempo, pensar na reação de um homem ou mulher ao ver a foto.

É claro, são só especulações. O fato é que o fotojornalismo está, realmente, em conflito com seus ideais. Alguns fotojornalistas insistem em preservar o espírito com que os grandes fotojornalistas registraram, brilhantemente, um evento cotidiano. É confortante saber que ainda há quem lute para manter a magia das fotos, mesmo que a verdadeira intenção seja registrar os fatos. Os interessados no tema, os adeptos à sensibilidade, como àquela menininha que via fotos em preto e branco dos avós anos atrás, agradecem.


Por: Jéssica Nascimento
 

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

As 04 vertentes da fotografia de moda

 
Podendo ser dividida em quatro diferentes vertentes, a fotografia de moda abrange campos diversos e acaba incorporando muito da fotografia artística e publicitária e algo do fotojornalismo.
 
Sim, existe um campo dentro da fotografia de moda que pende exclusivamente para o fotojornalismo. Nesse caso, os fotógrafos, já bastante conhecedores do mercado e dos bastidores de desfiles e projetos ligados à moda, acabam por fazer a cobertura jornalística desses eventos. Outra participação efetiva que os fotógrafos de alta-costura têm no campo jornalístico é quando decidem criar documentários a respeito de temas relacionados à moda com interessantes perspectivas socioculturais do estilo em vários lugares do mundo bem como moda de rua e desconhecidos que têm, dentro de si, um certo refinamento inerente aos altos padrões da fotografia editorial.
 
 
Para além dos campos do já citado, a fotografia de moda também pode ser fragmentada em editorial, comercial e de beleza. O editorial busca vender conceitos e comportamentos partindo do pressuposto de que a modelo fotografada conta (através da sua linguagem corporal, cenário, expressão, leveza e posicionamento) uma história que deve ser percebida pelo público que analisará a imagem.
 
 
O comercial de moda também deseja vender o produto, mas apresenta iluminação menos complexa e modelo em poses mais simples apenas com o intuito de vender o produto sem grandes reflexões artísticas por trás da ideia puramente comercial. Nessa vertente encaixam-se também os portfólios feitos por modelos para entrega em agências já que os books estão utilizando-se das fotos para vender o "produto modelo".
 
 
Por fim, a foto de beleza que muito se assemelha à fotografia de moda comercial diferindo apenas no ponto em que a fotografia comercial não se atém tanto ao cabelo, maquiagem e produto para o corpo. No caso da foto de beleza, o importante é vender o produto que realce a beleza e não necessariamente destacar a atitude da modelo ou uma história contada num editorial.
 
 
 
Por: Carla Ribeiro
 

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Pra aguçar a criatividade

Bom, galera, o post de hoje é uma lista de sugestões. De que? Ensaios! Mas não quaisquer ensaios. São séries de fotografias que partilham entre si, além da qualidade de imagem, a execução de boas ideias. Temos falado tanto sobre criatividade, inovação, a importância da criação, que achei pertinente apresentar um compilado de diferentes propostas fotográficas e discutir o que de mais interessante podemos extrair delas em termos de luz, composição, enquadramento, enfim. Afinal, para produzir imagens bacanas é preciso ver imagens bacanas, certo?! E outra, para quem quer trabalhar com fotografia repertório imagético nunca é demais, né?!

Selecionei meus 15 ensaios preferidos do Hypeness. Alguns são mais recentes que outros. De cada série, escolhi uma foto que pudesse melhor ilustrá-la e atiçassem em vocês a curiosidade de clicar e conferir por inteiro. Espero que gostem da seleção e das propostas!


Essa primeira fotografia é parte da série Neon, do fotógrafo Hib Saib. Nas modelos foi usada maquiagem facial neon, de modo que o efeitos das sombras fluorescentes na luz negra pudesse ser explorado. As imagens ficaram super bonitas.


Trabalho do fotojornalista Brian Sokol, "The Most Important Thing" é um projeto feito com refugiados sudaneses. Nele os refugiados mostram os objetos mais importantes de suas vidas. A série é tocante.


A foto abaixo pertence a um ensaio que buscou registrar a reação de bebês ao provar limão pela primeira vez. O resultado foi uma série de divertidos flagras.


Uma junção de parcerias resultou nesse lindíssimo ensaio subaquático.


Tension é o terceiro ensaio que optei por destacar pela beleza das imagens produzidas pela técnica da sobreposição.


Esse é um ensaio que eu gosto muito pelo modo como as imagens foram construídas. Todas elas dizem muito. O propósito da série é documentar a escravidão moderna. Vale a pena dar uma olhada.


“O que quer ser quando crescer?”. Esta foi a pergunta que inspirou o ensaio, do qual a foto abaixo pertence. Todas as crianças retradas são vietnamitas e objetivo do fotógrafo era retratá-las "nos cenários dos seus sonhos".


"O fotógrafo Acey Harper nos mostra uma visão surreal de corpos quase nus, femininos e masculinos, em lugares improváveis que vão desde rios e florestas a uma siderúrgica abandonada ou ao metrô de Nova York. São imagens intensas, emocionantes, rígidas, de corpos que – embora sejam humanos – são sublimes".


Apesar de todas as fotos terem sido manipuladas digitalmente, o resultado do ensaio abaixo foi fantástico! Criatividade a mil! O pai, que é o fotógrafo, a fim de capturar fotos que retratassem a essência da criança, fotografou seu filho em situações divertidíssimas. Além dessa série, acho interessante dar uma passadinha no Flickr dele também (http://500px.com/adrian_sommeling).


Na série Underwater Tango, a fotógrafa russa Katerina Bodrunova retrata um casal apaixonado dançando Tango debaixo d’água. O resultado ficou lindo.


Sabem aquela máxima: estava no lugar certo na hora certa?! Pois bem, essa série de flagras com animais retrata muito bem a expressão.


Há quem acredite que, com a convivência, os animais de estimação chegam a se parecer com seus donos ao ponto de serem quase um só. Essa é a brincadeira da série abaixo. Achei beem legal.


A fim de retratar o outro lado da gravidez, a fotógrafa Darien McGuire  resolveu revelar a beleza do corpo pós-parto. O projeto se chama “Beauty Revealed Project” e procura mostrar o qual a história por trás das cicatrizes, varizes e estrias de cada das mulheres.


Todos sabemos que grande parte dos músicos, por natureza, são excêntricos. Essa excentricidade fica mais óbvia no quesito: exigências do camarim. E é exatamente isso que a série a seguir registra.


Recomendo o ensaio aos que gostam de esportes radicais e, porque não, também aos que não gostam tanto assim, afinal são as imagens que importam e elas estão bem bacanas.


Virgínia Andrade

Olmo Calvo - O drama dos despejos em bairros de Madrid

O fotógrafo espanhol Olmo Calvo refletiu em suas fotografias o drama dos despejos em diferentes bairros de Madrid. Este trabalho lhe rendeu o XVI Prêmio Internacional de Fotografia Humanitária Luis Valtueña que Médicos do Mundo convoca anualmente, e será exibido no Encontro de Jornalismo Internacional, no recinto da Semana Negra de Gijón próxima sexta-feira 15 de julho.

Olmo Calvo é um fotógrafo e editor do jornal Diagonal. A série "Vítimas dos despejos ", composto por 10 fotos mostra uma das terríveis consequências que desencadearam a crise econômica no país. A greve deixou milhares de pessoas desempregadas que não podem pagar a os bancos as dívidas que sofreram para pagar suas casas. Os créditos foram oferecidos pelos bancos sem garantias. A conseqüência é que no final de 2012 o número de despejos alcançaria 171.110 desde o início da crise, em julho de 2008, de acordo com a Plataforma de Afetados pela Hipoteca. Nem o Governo nem o Instituto Nacional de Estatística, ou os bancos oferecem dados claros e contrastantes. As pessoas têm de continuar a pagar os seus empréstimos depois de perder sua casa, porque a bolha que foi construída em torno do sistema de propriedade quebrou e agora suas casas não permitem saldar a dívida. Isso se traduz na situação de milhares de pessoas que perderam seus empregos e casas. Estas pessoas nunca pensaram que isso poderia acontecer. Eles investiram todos os seus esforços e entusiasmo em uma casa e agora estão na rua. As taxas de suicídio em Espanha duplicou nos últimos anos convertendo a principal causa de morte não natural. 

Calvo Olmos reflete esses eventos traumáticos que não são fáceis de capturar numa imagem. Pelos sentimentos de dor e de vergonha das vítimas. Pela presença da polícia. Pelo choque que ocorre na rua. O resultado são essas 10 fotos em preto e branco que captam a realidade dramática que acontece na cidade de Madrid.


Monica Ramos e seu marido Javier Narváez, imigrantes equatorianos, leem o aviso de despejo em sua sala de estar, enquanto se aguarda a chegada da comissão judicial em 22 de fevereiro de 2012 no bairro Canillejas Madrid.

Para mais fotos, clique aqui.


Mercedes Durá

Esporte sob Lentes – Foto(fute) jornalismo esportivo

O texto de hoje é mais uma indicação para aqueles que apreciam o fotojornalismo. Só que desta vez, são para aqueles apaixonados por futebol, que ficam admirados com os cliques jornalísticos no momento exato do gol.

Para acertar o clique, é preciso muita atenção e foco, literalmente. Em uma de suas histórias, o professor Rodrigo Rossoni nos confidenciou de como é difícil estar sempre atento aos lances do futebol. O professor, da disciplina Fotojornalismo, é também um atleta de primeira.

Colocando a "boleiragem" de lado, um fotojornalista que cobre os clubes de futebol são bastante exigidos. O acompanhamento tem de ser diário e, até nas viagens, ele tem que ir junto. Para os editores de fotografia, o trabalho também é árduo. Em dias de jogo, os editores têm que esperar até o último minuto, para a foto emblemática sair no jornal do outro dia.

Para saber mais sobre o tema, a indicação é o documentário Esporte sob Lentes (2010), que está disponível no Youtube. Vale a pena conferir como é o trabalho destes fotojornalistas.Seguem links:

http://www.youtube.com/watch?v=5Xrr6ASM8lY
http://www.youtube.com/watch?v=mZzsGQKn11k
http://www.youtube.com/watch?v=ofqHMLIy-rA

Rafael Barreto

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Usando a criatividade com o flash remoto


Aproveitando a aula sobre flash off câmera, acho que seria interessante falar um pouco do que há na web sobre o assunto. O uso do flash portátil, ou strobe,  é uma prática bastante difundida na fotografia, hoje em dia com o auxílio de rebatedores, softboxes, snoots, gels para flash, e das tecnologias de sincronização flash+câmera via infravermelho, slaves, cabo ou rádio (como o PocketWizard), os trabalhos envolvendo flash remoto apresentam resultados de iluminação cada vez mais interessantes.

Na conjuntura atual dos meios de comunicação, a exigência de artisticidade e criatividade na fotografia é cada vez maior, de modo que o valor do profissional de fotografia tem mudado de operador de câmera para artista, até mesmo nas situações e contextos mais formais do fotojornalismo. O flash remoto é um instrumento portátil, leve e fácil de utilizar que auxilia a criar essa plasticidade, com uma iluminação diferenciada para uma fotografia que trabalhe bem as cores, as sombras e os sujeitos. 

No Brasil, um fotógrafo com grande experiência nesse recurso, que já se tornou uma linguagem fotográfica é Renato Miranda, fotojornalista mais conhecido na web pelo nome I love my job, homônimo do seu site. Renato ministra workshops de flash remoto em diversas cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Vitória, entre outras. Mais informações podem ser encontradas no blog do fotógrafo: (http://www.ilovemyjob.com.br/blog).

No site especializado de fotografia Flickr, um dos grupos mais conhecidos do gênero é o Strobist, que discute exclusivamente o uso de flash remoto. O fórum é em inglês, mas há diversas fotografias e exemplos que com certeza ajudam qualquer fotógrafo a pensar nessa linguagem fotógrafica. 

Albano Moura