sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Luz, Câmera...FOTOGRAFIA!


A palavra Fotografia significa escrever com luz ou desenhar com luz. Se para se fotografar é preciso de luz, que tal entender um pouco sobre os efeitos que ela causa nas fotos?

A iluminação é um elemento essencial na hora de fotografar. O fotômetro (aquele aparelhinho que mede a intensidade de luz que passa pela lente da sua câmera) faz uma medição geral da imagem indicando se há ou não um excesso de luz. Se na hora de fotografar o local estiver com excesso de luz, é indicado que se aumente a velocidade de abertura do obturador para que se perca um ponto de luz (indicado no fotômetro), evitando um efeito estourado na foto (muita luz). Se o local estiver pouco iluminado, diminui-se a velocidade do obturador para ganhar um ponto de luz, não deixando a foto escura.

Existem dois tipos de fontes de luz que iluminam, os espaços e objetos que você fotografa. Uma é a fonte natural e a outra é a fonte artificial. A única fonte natural é o Sol, embora algumas pessoas consideram o brilho da lua (causado pela iluminação que o Sol provoca nela) como fonte natural, também. Fontes artificiais são as produzidas, como flashes, lâmpadas, faróis, o fogo, etc.

As fontes podem produzir dois tipos de qualidade de luz: Luz dura e luz difusa. A luz dura é a luz intensa que sai de uma fonte qualquer e atinge diretamente o objeto. Uma característica da luz dura é que ela produz sombras bem definidas. Um exemplo é a luz do Sol quando atinge diretamente o objeto. É recomendado que um fotógrafo de natureza não trabalhe quando a luz do sol estiver muito forte (entre 8h30 e 16h30). Já a luz difusa parte de uma fonte qualquer, mas não atinge o objeto diretamente, existem alguns difusores que dispersam a luz. Algumas características da luz difusa são sombras praticamente inexistentes e a melhor definição das superfícies. Dias nublados têm luz difusa. Em estúdios geralmente se utilizam difusores.

Além disso, a direção em que a luz atinge o objeto provoca efeitos diferenciados nas fotos. São cinco as direções da luz: frontal, lateral, superior, inferior e contra a luz. Na frontal, a luz atinge o fotografado de frente. Ela provoca efeito de achatamento do objeto, além de diminuir volumes e profundidade nas fotos. Na lateral, a luz entra, pela lateral do fotografado. Esta direção da luz evidencia as texturas, realçando as superfícies dos objetos. Na superior, a fonte está acima do fotografado (assim como a luz do sol ao meio dia). Ela provoca sombras fortes do nariz sobre a boca, do queixo sobre o colo. Essa direção pode provocar na luz um efeito angelical. Na inferior a fonte de luz está debaixo do fotografado. Esta é uma fonte que só pode ser artificial, já que o sol não pode estar abaixo de alguém. Ela cria um efeito de clima tenebroso, dramático. Este é o tipo de direção geralmente usado nos filmes de terror. No contra luz, o objeto está entre a fonte e o fotógrafo. Ela provoca a o efeito silhueta.


A temperatura de cor é a forma usada pra definir, e medir, a cor da luz ambiente em um determinado momento ou situação. Ou seja, cada fonte apresenta uma determinada tonalidade de cor e essa, chamada coloração, é determinada pela temperatura de cor da fonte. Essa temperatura é medida em Kelvin (K). Não existem cores com temperatura menor que 1000k ou maior que 12000k. Até 3000k a coloração se apresenta amarelada ou alaranjada, por exemplo as velas, com 1900k ou o pôr-do-sol com 3500k. De 4000k a 4500k apresentam coloração esverdeada, como as lâmpadas fluorescentes com 4500k. 5500K apresentam coloração branca, como por exemplo o sol ao meio-dia e os flashes eletrônicos. Acima de 6000k apresenta coloração azulada, como por exemplo os dias nublados com 6000k, as sombras 9000k ou os faróis de neon de 6000k (que são autorizados) ou os de 8000k a 12000k (proibidos por lei). Na hora de fotografar o sensor registra a luminosidade refletida pelos objetos que estão sendo fotografados. E para capturar as cores dos objetos, a câmera depende de certos ajustes específicos para cada tipo de iluminação (luz natural, fluorescente, etc). É esse o papel do WB-White Balance (Balanço de Branco). Nossos olhos reconhecem quase que imediatamente o que é branco sob diferentes formas de luminosidade, mas a câmera geralmente tem dificuldades para fazer essa distinção. O ajuste incorreto do WB pode causar efeitos indesejados nas fotos: elas podem ficar esverdeadas, azuladas, amareladas ou brancas demais, a não ser que, em algumas situações se queira criar uma foto com uma aparência quente ou fria e utilizar esse recurso. 


Susana Rebouças

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